domingo, 11 de agosto de 2013

PADRONIZAÇÃO DE CURATIVO

Curativos de Feridas Cirúrgicas:

Ferida limpa e fechada: o curativo deve ser realizado com soro fisiológico e mantido fechado nas primeiras 24 horas após a cirurgia, passado este período a incisão deve ser exposta e lavada com água e sabão. Se houver secreção (sangue ou seroma) manter curativo semi-oclusivo na seguinte técnica; Materiais: bandeja contendo 01 pacote de curativo estéril (com 02 pinças e gases); gases estéreis, esparadrapo (micropore) soro fisiológico 0,9% e luva de procedimento.

  1. Lavar as mãos com água e sabão; 
  2. Reunir o material e leva-lo próximo ao paciente;
  3. Explicar ao paciente o que será feito; 
  4. Fechar a porta para privacidade do paciente; 
  5. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
  6. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica; 
  7. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre campo estéril; 
  8. Calçar as luvas; 
  9. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro fisiológico 0,9 %; 
  10. Desprezar esta pinça; 
  11. Com outra pinça, pegar uma gaze e umedece-la com soro fisiológico; 
  12. Limpar a incisão principal, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao inicio da incisão; 
  13. Limpar as regiões laterais da incisão cirúrgica após ter feito a limpeza da incisão principal; 
  14. Ainda com a mesma pinça, secar a incisão cirúrgica após ter feito a limpeza da incisão principal; 
  15. Ocluir a incisão com gaze e fixar com esparadrapo ou ataduras se necessário; 
  16. Manter o curativo ocluído enquanto houver exsudação; 
  17. Colocar o setor em ordem; 
  18. Lavar as mãos; 
  19. Fazer a evolução da ferida e anotações de materiais na papeleta do paciente. 

Feridas Abertas sem infecção

Podem apresentar perda ou não de substâncias, por estarem abertas estas lesões são altamente susceptíveis as contaminações exógenas. O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo. O número de trocas está diretamente relacionado a quantidade de drenagem, no entanto o excesso de trocas deve ser evitado afim de não interferir no processo de cicatrização. Materiais: bandeja, pacote de curativo (contendo 02 pinças e gaze) SF 0,9%, ácidos graxos essenciais, gaze, coxim compressa de acordo com o tamanho da ferida. Procedimentos: 



  1.  Lavar as mãos com água e sabão; 
  2.  Reunir o material e leva-lo próximo ao paciente; 
  3.  Explicar ao paciente o que será feito; 
  4.  Fechar a porta para privacidade do paciente; 
  5.  Colocar o paciente em posição adequada e expor apenas a área a ser tratada; 
  6.  Abrir o pacote de curativos com técnica asséptica; 
  7.  Colocar gaze, coxim, compressa de acordo com o tamanho da ferida sobre o campo      estéril; 
  8.  Calçar luvas; 
  9.  Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro fisiológico; 
  10.  Desprezar esta pinça; 
  11.  Com outra pinça pegar uma gaze e umedece-la com soro fisiológico; 
  12.  Limpar toda a extensão da ferida com soro fisiológico em jatos; 
  13.  Limpar as laterais da ferida; 
  14.  Ainda com a mesma pinça, secar toda a extensão da ferida evitando movimentos  bruscos afim de não destruir o tecido em granulação. 
  15.  Aplicar gaze embebida com ácidos graxos essenciais; 
  16.  Proteger a ferida com coxim ou compressa; usar atadura quando necessário 
  17.  Colocar o setor em ordem; 
  18.  Lavar as mãos; 
  19.  Fazer evolução de ferida e anotações de materiais na papeleta do paciente; 

Feridas Abertas Contaminadas

Apresenta secreção purulento, tecido necrosado ou desvitalizado. O curativo deve ser mantido limpo e oclusivo, o número de trocas está diretamente relacionado a quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que houver excesso de exsudato para evitar colonização e maceração das bordas. É necessária uma limpeza meticulosa pois o processo de cicatrização só será iniciado quando o agente agressor for eliminado , e o exsudato e tecido desvitalizado retirado. Materiais: Bandeja contendo: 

- Pacote de curativos estéril (com 02 pinças e gazes); gazes estéreis, esparadrapo (ou micropore), soro fisiológico 0,9%, coxim, compressa (se necessário), luva estéril, colagenase se houver tecido desvitalizado ou necrosado, lâmina de bisturi, se necessário desbridamento.     

Procedimentos: 
  1.  Lavar as mãos com água e sabão; 
  2.  Reunir o material e leva-lo próximo ao paciente; 
  3.  Explicar ao paciente o que será feito; 
  4.  Fechar a porta para privacidade do paciente; 
  5.  Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada; 
  6.  Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica; 
  7. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo estéril, abrir todo o material a ser utilizado no curativo; 
  8. Colocar gazes, compressas ou lençol próximos à ferida para reter a solução drenada; 
  9. 10. Calçar luvas; 
  10. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro fisiológico 0,9%; 
  11. Com a mesma pinça, pegar uma gaze e umedecê-la com soro fisiológico; 
  12. Começar a limpar a ferida da parte menos contaminada para a mais contaminada, ou seja, neste momento limpar ao redor da ferida; 
  13. Limpar a ferida com gaze embebida com soro fisiológico; 
  14. Se necessário, remover os resíduos da fibrina ou tecidos desvitalizados (necrosados) utilizando debridamento com instrumento de corte, remoção mecânica com gaze embebecida em SF 0,9%, com o cuidado de executar o procedimento com movimentos leves e lentos para não prejudicar o processo cicatricial ver técnica de debridamento; também poderá ser utilizado o debridamento enzimático; 
  15. Embeber a gaze com pomada desbridante atingindo toda a área com tecido desvitalizado; 
  16. Ocluir a ferida com gaze estéril e coxim, se ferida muito exsudativa utilizar compressa; 
  17. Colocar o setor em ordem; 
  18. Lavar as mãos; 
  19. Fazer evolução da ferida e anotações de materiais na papeleta do paciente.

Referencia

GOMES, Flávia Valério de Lima. Manual de Curativos. 3ª Revisão, Universidade Católica de Goiás. Goiânia, agosto de 2005.

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