São causadas intencionalmente, por meio de instrumentos
cirúrgicos com o objetivo voltado ao tratamento.
Essas feridas cirúrgicas podem ocorrer
mediante:
Incisão – quando não há perda de
tecido, suas bordas normalmente são regulares, retilíneas e fechadas por
suturas.
Excisão – quando há remoção de tecidos de uma área de pele, por exemplo, áreas q possam ser doadoras de enxerto.
Punção – Feridas que penetram na pele,
tecidos subjacentes e estruturas. Quando resultam de determinado procedimento
terapêutico diagnostico. Por exemplo, cateterismo cardíaco, biopsia, punção da
subclávia.
As feridas cirúrgicas são classificadas de acordo com o grau
de contaminação como limpas (condições assépticas sem microrganismos), limpas
contaminadas (sem contaminação significativa), contaminadas (tempo maior que 6
horas entre trauma e atendimento, sem sinal de infecção), infectadas (com
presença de agente infeccioso no local, com evidencia de intensa reação
inflamatória e destruição de tecidos). os fatores de risco para feridas cirúrgicas
podem ser intrínsecos e os cuidados pré-operatórios e pós-operatórios.
Hemorragias e Deiscência podem gerar agravos e complicações a
ferida. A hemorragia pode ocorrer decorrente de lesões de vasos da região
afetada. As hemorragias internas necessitam de maiores cuidados, devem ser
analisadas e diagnosticadas com muita cautela podendo levar o paciente a óbito.
Nas hemorragias externas deve-se fazer um curativo compressivo no local. Deiscência
é quando os pontos se rompem na totalidade da sutura ocorrendo evisceração. A
evisceração é mais comum em cirurgias de abdome.
A
cicatrização é um processo importante no tratamento e passa por três fazes,
inflamação, reconstrução e maturação; e depende de vários outros fatores para
que seja bem sucedida. Alguns pontos fundamentais durante o cuidado.
- Proteger a ferida de lesão mecânica
- suporte à ferida ou imobilizá-la
- Absorver drenagem
- Prevenir contaminação
- Promover hemostasia
- Desbridar a ferida
- Inibir ou matar microorganismos usando antimicrobianos
- Propiciar um a ambiente favorável à cicatrização
- Propiciar conforto para o paciente
- Quanto ao tipo de cicatrização elas podem ser de três modos:
Cicatrização por primeira intenção:
Constitui a melhor forma para o fechamento, estando associada à lesão, ferida limpa com perda mínima de tecido e reduzido potencial para infecção, sendo permitida a junção dos bordos através de suturas. Ocorre no tempo fisiológico, reduz incidência de complicações e de cicatrização mínima.
Cicatrização por segunda intenção:
Está associada a ferimentos infectados, com grandes perdas teciduais não sendo possível a junção dos bordos e com isso implicando em retardo no reparo tecidual e uma cicatriz significativa, ocorrendo maior incidência de defeitos cicatriciais (queloide, cicatriz hipertrófica).
Cicatrização por terceira intenção:
Feridas corrigidas cirurgicamente após a formação de tecido de granulação, ou para controle da infecção, a fim de que apresentarem melhores resultados funcionais e estéticos. A escolha da cobertura correta da ferida auxilia no processo de cicatrização, reduz a dor, - promove conforto ao paciente e recuperação do tecido lesado. Para escolha da cobertura e curativo corretos deve-se observar todas as características da ferida.
Algumas das coberturas que podem ser recomendadas:
- Curativos de
carvão: Requer um curativo absorvente secundário; Sua indicação principal é
para feridas infectadas exsudativas, escaras e incisões cirúrgicas; No inicio o
curativo deve ser trocado a cada 48 – 72 horas e à medida que a exsudação
diminui, a troca pode ser prolongada por até 7 dias.
- Filmes permeáveis
ao vapor (filme de poliuretano fino): São filmes permeáveis ao vapor e não tem
capacidade de absorção; Não devem ser utilizados em feridas infectadas; É
indicado em úlceras de pressão de I grau, ferida cirúrgica fechada e para
fixação de cateteres; Nomes comerciais Opsite e Tegaderm.
- Curativo
absorvente com prata: Promove meio úmido ideal para processo de cicatrização,
não adere na ferida. É indicado para feridas de espessura parcial a total,
infectadas ou não infectadas, ulceras venosas e áreas doadoras de enxerto.
- CURAPOR ( Cobertura Porosa para Feridas Cirúrgicas - Estéril )
Esta cobertura adesiva para feridas consiste de uma tela branca elástica de retenção, coberta em um dos lados por adesivo poliacrilato não-irritante. Tem no centro do lado adesivo uma cobertura absorvente de contato com a ferida. Curapor Cobertura para Feridas Cirúrgicas, estéril, é pronta para uso. É elástica e permeável ao ar. A cobertura de contato com a ferida, de poliéster/polietileno, não adere em presença de sangue e secreções da ferida e portanto não adere à mesma. As secreções das feridas passam diretamente para a camada absorvente da cobertura, intensificando o processo de limpeza da ferida. Curapor Cobertura para Feridas Cirúrgicas, estéril, é designada para o cuidado de feridas pós-operatórias. Também pode ser utilizada em todos os outros tipos de lesões e para uso geral no bloco operatório, em pacientes ambulatoriais e em cirurgia. A não aderência da cobertura garante que o paciente não sofra dor quando a cobertura é trocada.
- É impermeável à água e bactérias e vírus. Isola o leito da ferida do meio externo. Evita o ressecamento e a perda de calor. Mantém o ambiente úmido. Deve ser trocado a cada 7 dias ou quando houver presença de fluido na ferida.
Hidrocolóide extra-fino placa psylium
É impermeável à água e bactérias e vírus. Isola o leito da ferida do meio externo. Evita o ressecamento e a perda de calor. Mantém o ambiente úmido. Deve ser trocado a cada 7 dias ou quando houver presença de fluido na ferida.
É impermeável à água e bactérias e vírus. Isola o leito da ferida do meio externo. Evita o ressecamento e a perda de calor. Mantém o ambiente úmido. Deve ser trocado a cada 7 dias ou quando houver presença de fluido na ferida.
REFERÊNCIAS
REDALYC,Red de revistas cientificas de america latina y el caribe. Cicatrização de feridas cirurgicas e crônicas: um atendimento ambulatorial de enfermagem. Disponivel em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=127717968012. Acesso em: 05 Ago.2013
http://www.depotz.net/readarticle.php?article_id=5025
RIBEIRO,Ricardo. Feridas Cirúrgicas: Revisão de Conceitos. Disponível em: http://www.depotz.net/readarticle.php?article_id=5025. Acesso em: 05 Ago.2013
FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Vigilância em Saúde. Protocolo de cuidados de feridas / Coordenado por Antônio Anselmo Granzotto de Campos; Organizado por Lucila Fernandes More e Suzana Schmidt de Arruda. Florianópolis: IOESC, 2007. 70 p. il.
ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Manual e rotina do serviço de controle de infecções hospitalar. Santa Catarina 2012
HOSPITAL DE CLINICAS PORTO ALEGRE RS. Avaliação e tratamento de feridas Orientações aos profissionais de saúde. Porto Alegre.
Abc da saúde. Ferida cirúrgica. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?628 Acesso em: 05 Ago 2013 http://www.molnlycke.com/patient/pt/Feridas/Escolha-o-seu-problema-abaixo/Surgical-wounds/ Acesso em: 06 Ago.2013
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